digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Coimbra

Subo à Alta e perco-me na Baixa e enlevo-me com o românico da Sé Velha. Sento-me na escadaria e espero... espero ouvir um fado cantado com a alma e os bofes, muito grave e redondo, muito doente e triste.
Passeio junto ao Mondego e bebo vinho do Buçaco no Hotel Astória. Estou à varanda em contemplação do entardecer. Estou na margem em admiração das vidraças da estação e do «palace».
Cruzo a ponte e vou a Santa Clara a Velha. Regresso: cruzo a ponte e vou a Santa Cruz. Quero estar em toda a parte... Na Sereia e no Botânico, debruçado no Choupal e repousado com vista para a Cabra.
Há quanto tempo não te vejo!... Há muito mais que não te sinto... Gostava muito de voltar a fazer amor em ti.

3 comentários:

Anónimo disse...

Imaginação, sensibilidade, talento. Valerá a pena dizer mais alguma coisa? Os textos continuam com a qualidade a que estamos habituados. Espero que a rotina de abrir esta página e encontrar janelas para o sonho se mantenha por muito tempo...

Folha de alface disse...

ora aqui está mais uma bela cidade!

João Barbosa disse...

incógnita :-) obrigado

caro Luciano, o belenenses.blogspot.com é poiso diário, obrigatório e frequente. abraço

alfacinha :-)