digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, setembro 03, 2006

Lisboa

A minha cidade é quase tão bela vista de cima como olhos nos olhos. Porém, prefiro fitá-la para me enamorar dela e perder-me de encantos. É mais especial com os lábios próximos dos dela, porque de cima muitas cidades parecem belas. A minha Lisboa já não está pequenina nas fronteiras do seu concelho e já não tem, por isso, só sete colinas... e eu que tanto a digo amar não sei o nome dos sete cerros da cidade e muito menos conheço todos os encantos das ruas. Sei que não me canso da luz nem do Tejo.

3 comentários:

perdida em Faro disse...

Há coisas que vistas e beijadas de cima são muito bonitas...há outras que precisam d outros ângulos para serem d algum modo apetecíveis. No teu amor neste texto não há ângulos, só beleza.
Beijoca

calvin disse...

Um dia perdi-me de amores por Lisboa e nunca mais pude escapar ao seu encanto. Uma cidade feita de luz, cujo rio espelha as colinas e as esperanças de quem por ele passa e o contempla. Uma encruzilhada de ruas por desvendar para quem se atreve a descobrir esta cidade de contrastes, tal como ela é. Plena de encanto e magia. Um lugar cujo tempo avança timidamente, deixando as suas marcas nas fachadas dos prédios ou na calçada das ruas. Um passado abraçado ao presente, com um traço de futuro.

Folha de alface disse...

eu acho que lisboa sem o tejo não teria o mesmo encanto.
lisboa é linda, tem uma luz inconfundível e, p quem esteve fora durante uns tempos como eu, volta a vê-la, parece que ainda tem mais encanto!
aí que saudades de lisboa...