Estou deleitado com a alvura da tua pele, que nada pode ser mais franco. Mergulho em beijos e diluo-me na macieza quente e leitosa. Inalo-te, em perfume de pele e carne.
Em teu redor é tudo azul e nada está imperfeito, porque emanas perfeição. É graça e esplendor.
Estou deleitado com a tua voz. Mergulho com as tuas palavras sem promessas e deixo-me afundar dentro de ti. Afogo-me e sobrevivo respirando-te.
Sou efémero e passageiro e tu obra de arte quase imortal. Sou comida e tu o prato. Preciso de ti para me repousar e ser refeição. Espero que nunca te partas, mulher de porcelana, para que eu não me parta contigo.
3 comentários:
Que texto tão bonito! Fiquei 'cutchi-cu' :) Beijo grande.
Lindo João! Adorei a metáfora com a comida...que sudades de me sentir assim, necessidade básica e instintiva. Muito bom...
"Espero que nunca te partas, mulher de porcelana, para que eu não me parta contigo"
Genial, João! Como sempre!
Beijinhos
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