digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, agosto 08, 2006

Ilhas

No Faial descobri uma claustrofobia de céu aberto, uma aversão ao espaço fechado do perímetro insular. Foi há tanto tempo que não me lembro. A curiosidade está maior do que a lembrança.
O apelo do Atlântico mexe-me na ânsia, mesmo sabendo que se fôr não vá por mar. Ando a querer ver as ilhas todas da Europa não continental e do oceano largo... a Macronésia toda, a Islândia, a Irlanda, as Anglo-Normandas, as Orcades, as Feroé e a Gronelândia. Todas as ilhas numa só jornada contínua para melhor conhecer as diferenças e semelhanças, sem a memória me falsear as impressões.
O apelo do Atlântico mexe-me na ânsia. Quero ser quase faroleiro. Quero estar mais do que na ponta, não quero a faixa de terra chamada cabo, quero ilha. Não quero ser ilhéu, mas viajante temporário. Quero ser quase faroleiro, quase marinheiro ou apenas turista insensato.
O apelo da ânsia mexe-me no Atlântico e este vai das Canárias e da Madeira à Gronelândia e à Islândia., da costa africana à margem americana. Entre o calor e o frio todo um mar para abraçar e tantas palavras para tentar compreender e explicar as almas insulares. Não quero ser ilhéu, mas um mirone com a pele salgada pelo vento marinho.

1 comentário:

Folha de alface disse...

pois eu tou quase, quase a ir p uma ilha q deve ser um encanto :)
(só?!) falta um dia!