digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, agosto 11, 2006

A fada da erva

Conheci-te num choupal. Caçavas cogumelos. As fadas caçam cogumelos. Deste-me um abraço à chegada e puxaste-me o braço na conversa e riste muito. Deste-me um abraço à saída.
Conheci-te num choupal e estava fresco e brumoso, o dia. Negaste ser uma fada, mas saltitaste no ar e soltaste poeira luminosa quando mentiste. Correste veloz e muito lentamente como fazem as fadas e no ar deste-me um luzir no olhar.
Conheci-te num choupal e ofereceste-me os cogumelos que caçaste. Fi-los no forno e servi-tos com vinho doce. Puxaste-me o braço na conversa e deste-me um abraço à saída.

Nota: Este texto é dedicado à Erva

5 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Não sei que é a Erva mas que é lindo o teu texto disso não ha duvida.Um bjo para ti e para a Erva.

João Barbosa disse...

:-) merci

Anónimo disse...

Não sei que Erva fumaste???? mas que deve ser boa não tenho dúvida...ehehehehehe

Mia Alari disse...

Não sei que Erva fumou que nem a(o) Gi disse mas espero que fiquem juntos. Valeu pelos lindos textos. Me divertes muito.
bjs

Anónimo disse...

Best regards from NY!
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