digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, julho 20, 2006

Que merda de tempo!

O tempo tem-me tornado amargo! Não tenho gostado de crescer nem no que me tornei. Sou muitas coisas do que disse não gostar de ser um dia.
Hoje digo amarguras muitas vezes. Sou um pessimista inflacionado e derrotista sistemático. O meu lado é sempre o de baixo.
Depois de reviravoltas várias amarguei nos amores e encalhei por vontade alheia e própria. Desdenho relacionamentos e menosprezo afeições, conhecimentos e simpatias. Não acredito no amor, nem deixo de acreditar em quem nele acredita... manifesto-me nas tintas.
Em relação às mulheres faz-me confusão como caem em intrujices sabujas e primárias que gajos de ar imbecil lhes lançam. Em relação aos homens continuo sexualmente indiferente.
Estou cada vez mais pedante e a espécie humana é, para mim, uma desilusão! A meus olhos desisto de fazer parte dum grupo que premeia a mediocridade e valoriza o abaixo do zero.
As minhas palavras tornaram-se cínicas. Estou falso. Sou um cadafalso pronto a tragar-me. A minha hipocrisia é condescendente para não ter de berrar contra as merdas e os merdas que vejo e oiço!... Está um tempo de merda!

5 comentários:

perdida em Faro disse...

Cresceste!É tão mau crescer e ter esta capacidade de saber q nos torná-mos assim, como aqueles amigos dos nossos pais que apontávamos e diziamos: que horror!
Agora somos nós os supostos apontados mas, no meu caso, só sou apontada pelos filhos dos meus amigos...tempo de merda?Somos nós assim tornados adultos.

Folha de alface disse...

são as chamadas "dores d crescimento"

João Barbosa disse...

dores de crescimento? ahahahahah

Anónimo disse...

Só mesmo um tempo de merda para achares que desdenhas relacionamentos... ;)

Anónimo disse...

Aqui tenho que dizer algo mais. Não me esqueço daquele cafezinho que fomos tomar, num final de tarde, e em que tiveste das conversas mais sérias de que me lembro. Falavas sobre o fim dos meus laços... Ainda hoje sorrio quando me lembro do que me disseste. E por isso sei que não desdenhas relacionamentos :)