digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, julho 27, 2006

O arrastar macio

Acariciei as pétalas e falei para a coroa e para a corola. Enamorei-me ensonado e adormeci murmurando palavras do meu afecto. Queria tanto ter-te aqui por perto e, contudo, deixei-te partir depois da proximidade... mais um pouco e teria sido beijo.
Não sei se já sentira cama de forma tão doce ou se fôra esta a primeira vez. Não sei se a memória está gasta ou se os amores vão apagando os passados. Não sei. Não sei de mim. Não sei das pernas que na minha cama e que comigo dormiram. Não sei.
Acariciei as pétalas desejando acariciar as pétalas. Desejei tão completamente acariciá-las. Enamorei-me pelos lábios finos e deixei-me enlear pela voz macia. Todo eu segui o arrastar azul dos olhos verdes. Ainda estou a ir.

3 comentários:

Folha de alface disse...

só sei q este texto parece veludo

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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