digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, junho 28, 2006

Toledo

Ainda fui feliz em Toledo. Não fui à pergunta de espadas e levei o meu amor. Há uma praça com arcadas e pedras antigas sobrepostas e abertas com janelas. Era a capital de Espanha, até Espanha querer ser mesmo Espanha e terem inventado o centro geográfico da península: Madrid! É um monte escarpado sobre o rio, um povoado eriçado onde apetece estar. É pequenina e não chega a ser arisca. Ali o Tejo não é grande, mas apenas rio. Está apertado pelos montes e os homens fazem pontes quase à vontade. Lá de cima vê-se como uma fita verde a enfeitar o cerro. Ainda fui feliz em Toledo. Hoje se voltasse seria feliz novamente. Mas hoje com outras calmas. Nesta preguiça dos meus dias deixava-me ficar numa canoa e ia pelo curso até chegar a Lisboa.

4 comentários:

perdida em Faro disse...

"ali o Tejo não é grande mas apenas rio". Gostei muito desta imagem...podias ter continuado a descrição..tive que imaginar um resto de um sítio. Beijoca

Anónimo disse...

'É um monte escarpado sobre o rio, um povoado eriçado onde apetece estar. É pequenina e não chega a ser arisca. Ali o Tejo não é grande, mas apenas rio. Está apertado pelos montes e os homens fazem pontes quase à vontade. Lá de cima vê-se como uma fita verde a enfeitar o cerro' - é deliciosa a forma como descreves o que vês. Farias uns haikais fantásticos, tenho a certeza. Beijos :)

Anónimo disse...

Era a Carlotinha-Carlotinha no comentário anterior :)

João Barbosa disse...

obrigado, apesar de não saber o q são haikais...