digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, junho 14, 2006

A martelo

Não sei onde Thor deixou o martelo... se soubesse!... Entre cispas e sem pudor. Ferisse quem ferisse e fulminasse quem fulminasse. Não malho as palavras em bigorna, porque aguentam mais do que o aço e não se vergam nem moldam à custa de calores. Não desisti de lhes dar porradas, mas as palavras não mudam porque se lhes dê com força com o martelo. O som férreo da batida do maço no tais pode ser erótico para mamíferos e répteis susceptíveis... humanos, claro está. Sem jeito nada se faz e há martelos para vários usos. Para as palavras desaconselho-os... não dão resultados. Já nos autores de algumas prosas e versos podem ser úteis, caso os façam deixar de escrever definitivamente. Embora não lhes deseje a morte, mas apenas uma incapacidade física, já que não são dotados de discernimento suficiente para deixarem a escrita antes duma martelada. Hoje não se faz vinho a martelo, porque sai mais caro do que fazer vinho honesto. Ainda bem! Não sei onde Thor deixou o martelo... se soubesse!... Estava capaz de lá ir buscá-lo e de usá-lo como divertimento!...

Dedico este texto ao meu amigo Turco.

3 comentários:

Anónimo disse...

Por muito que o leia e releia não entendo porque me dedicas este texto, a não ser porque que se tivesse hoje o martelo de Thor, muitos estragos iria fazer.

João Barbosa disse...

vês! És um miúdo esperto! e eu como sou teu amigo não te digo onde o guardei! eheheheheh

João Barbosa disse...

Deixa lá, que eu outro dia também dediquei o texto Bago a uma pessoa e liguei-lhe a dizer. Essa pessoa também não percebeu por que era para ela. Acho que se calhar ando rebuscado...