digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
quinta-feira, maio 25, 2006
Vou de tubo
Vou num tubo até ao Japão e de mota até ao Sião! Mentira! Fumo um charuto e sigo em frente e pulo de contente, aos saltinhos, sorridente. Mentira! Descanço encostado à parede e dou com a cabeça para que acorde, já é dia e sou crescido. Mentira! Vou num tubo até ao Japão e vou mais veloz do que no Concorde, porque quero e porque sinto... e porque sou o maior da minha rua. Mentira! Levo pancada de todos os miúdos e até há raparigas que me chegam. Mentira! Vou num tubo até ao Japão e encontro petróleo no Irão! Saio de lá preto que nem carvão e sou explorado, porque sim, porque sou do lado errado do mundo. Vou num tubo até ao Japão e lá julgam-se superiores! Lá só querem saber duma coisa... levaram com uma bomba em 1945 e não têm culpa de nada! Não vou de tubo até ao Japão! Nem de tubo nem num jatão!
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