Quando pensava em liberdade trouxeste pesadelo. Em vez dum beijo mordeste com traição. Aos sinistros passos sucederam sinistros passos. Aquele desejo de Paraíso era afinal o Inferno e a sua morte trouxe uma loucura doentia. Medicaste remédios tão louçãos que matavam aos bocadinhos... cortaste durante anos fatias finas de carne e de pele como quem prometia beijinhos. Dizias que era o melhor enquanto queimavas os olhos, ainda assim não percebesses quando todos continuaram a ver. Ainda hoje não percebes que o comunismo morreu e não presta o que dizes... e não presta o que sempre disseste, que é veneno mal-cheiroso e com sabor a merda.
Como eram bonitos os teus olhos quando prometiam liberdade e como eram vermelhas de sangue as tuas mãos depois de fazerem o que faziam todos os dias! Como estavam cheias de povo as tuas palavras e como o trincavas quando te desobedecia!
Como foste engano... mentira doentia, fedor nojento e vómito imundo! E houve quem desfraldasse a tua bandeira nas praças e ruas das cidades livres!... Tantos enganos!... Mentistes mais a quem iludiste liberdade!
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