digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 25, 2006

Vento educado

Ontem vi um vento levantar um papel do chão e mete-lo num caixote do lixo. Se há ventos educados... Há poesia nas coisas concretas, na vida comum e nos gestos simples. Lembrei-me de ti, Rosalia, sempre menina. Só espero que o papel não tivesse palavras escritas importantes. Certamente que não tinha... um vento assim educado teve o cuidado de ler o papel antes de o deitar fora.

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