digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, maio 24, 2006

1918

Há números mágicos simples como o 3, o 7, o 9 e o 12. Pois eu quero um mais complicado. Um que seja tão absurdo quanto aqueles, mas menos óbvio. Incerto do critério a seguir fui ver o número de visitas do blog e descobri a razão de ser do Universo... ou pelo menos da magia encerrada dentro dum número. Dediquei-me à investigação cabalística do 1918 e tive a certeza que o meu número não é mágico por acaso!
A Lituânia declaroua a independência da Rússia em 1918.
Os turcos incendiaram a biblioteca de Bagdade em 1918.
Nicolau II, czar de todas as Rússias, foi assassinado em 1918.
A Primeira Guerra Mundial terminou em 1918.
Max Planck ganhou o Prémio Nobel da Física em 1918.
Ingmar Bergman nasceu em 1918.
Gustav Klimt morreu em 1918.
Sidónio Pais, o único Presidente da República decente que houve em Portugal, foi assassinado em 1918.
Por estas e outras razões, 1918 é um número mágico. São tão mais válidas do que as tolices que sustentam as inevitabilidades sobrenaturais dos algarismos do costume.
Se somar o um com o nove fico com dez: e um com zero é um - o início de tudo. Se somar o um com o oito tenho nove - o fim de tudo. Se somar os dois resultados tenho dezanove, o que dá um mais nove, ou seja dez. Mais uma vez o resultado é um - o início de tudo. Raciocinando o conjunto: princípio, fim, princípio, significado tangível que o Universo é redondo. Por este absurdo idiota afirmo e garanto desgoelado que 1918 é um número mágico. Tão mágico quanto qualquer outro. Tão absurdo nesse propósito quanto um pão com manteiga ou um gato a miar à Lua.
Detesto superstições!

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