digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 11, 2006

Um outro jogo

Na mesa estão dispostas já três cartas. Saíram três Reis. Não sabes o meu jogo. Não sei o teu. Está perigoso. Cuidado: basta-me um par e tenho um full hand... basta-me um Rei e tenho um poker. Tenho duas cartas na mão e mais duas irão ainda ser postas na mesa.
Que cartas irão ainda sair? Não sabes o meu jogo e não sei o teu. Vais a jogo? Está perigoso. A adrenalina circula e não se pode suar das mãos nem deixar o olhar trair nem o gesto tremer. O xadrez é cerebral e inteligente, mas está tudo à vista. O poker tem mistérios escondidos e obriga a aposta a pôr algo na mesa, uma aposta, por isso esfrangalha as emoções. Domina-as? Vais a jogo? Tens o outro Rei, está no baralho, ou tenho-o eu?

3 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado? Não! Gosto do risco! Gosto de jogar! Que interessa se fizeres POKER neste momento? O que ganhas tu? Terminamos o jogo! E depois?
Queres isso?
Não gosto de Xadrez! Odeio, odeio aquele tabuleiro, odeio quadrados! Odeio as peças.
O Rei, esse ilustre anda por aí! Não sei quem o guarda talvez não seja importante…

João Barbosa disse...

gosto de saber com quem jogo...

Anónimo disse...

Quem tem o outro rei sou eu. E vou a jogo, claro. E vocês terão que pagar para me acompanharem.