digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
segunda-feira, maio 15, 2006
Tempos
Algumas areias não conhecem o mar e outras ondas não chegam à praia. Ondas curtas de areias revoltas. Ondas menores. Longe do mar há marés de areia. Vagas secas. Areia diagonal. À beira do mar escrevem-se poemas de amor para a água levar. Juras e promessas. Enquanto escreverem junto à água salgada não há lágrimas que os amantes derramem. São longos os beijos dados no tempo de maresia. Há amores que terminam como estouram as vagas nas rochas. Há ondas que não chegam à praia e areias revoltas longe do mar. Há corações a bater em uníssono sem nunca se encontrarem.
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