digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, maio 13, 2006

Sim, sei

Se eu não soubesse quem és!... Já brinquei contigo a tanta coisa! O que mais queres tu agora? Não tenho navios nem tenho escolta. A esta hora estou sozinho. Aqui estou, só. Já te tirei do xadrez... levei-te para o jardim onde te servi um refresco e joguei poker por prazer. Não tiraste a máscara, mas vi-te um seio pela folga do decote. Não preciso que me digas quem és, sei... pelo hálito das tuas palavras e pelo jogo da tua sombra. Podes deixar de fingir que és parede e cinzenta. Já te vi e o teu abraço basta-me como sinal de todo o afecto. Sim, sei quem és.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gosto muito do meu amigo João. Conheco-o há mais de uma década e sei-lhe os gostos, as manias, os encantos e as fraquezas. Há pouco tempo (muito pouco tempo mesmo) vi-o sofrer horrores por causa de uma mulher com M grande. Quis o destino que se encontrassem em vidas diferentes. Ela tinha uma filha e ele pouca bagagem para lidar com tamanha responsabilidade. Não correu bem. Azar. Paciência. Acontece. Mas ele cresceu, aprendeu com a experiência. Sofreu. Melhorou e já não volta atrás.
É por essas e por outras que fico simplesmente furiosa quando vejo uma tonta, uma rainha de copas ou lá o que é que é (peço desculpa porque não quero ofender) brincar com sentimentos que não conhece. Não sei quem é (mais uma razão para pedir desculpa) mas apetece-me imenso dizer: Oh miúda! Vê lá se cresces.!