digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, maio 13, 2006

Orgasmos

É estúpido, mas esta imagem não se parece nada com um orgasmo! Por que espécie de analogia se compara o dito a fogo de artifício?
Os meus não são tão ruidosos e não aprecio partilhas de intimidade com a vizinhança nem com a criadagem. Manias! Quando me calharam estarolices tratei de controlar a menina tornando-me impotente: Se queria telefonia que ficasse em casa a ouvi-la! Barulhagem é na discoteca e o meu membro não agride ninguém para merecer destrato ruidoso.
Gosto de chinfim quietinho, com classe e sossego, no recato do quarto, coisa que se escute dentro das paredes da câmara e com o ouvido encostado à porta.
Quem foi que comparou o orgasmo a fogo de artifício? Imagine-se alguém a luzir no escuro ou atordoar gritando? Fogo sim, mas preso, quente e suado, jamais a estalar ou a queimar. Prefiro amores discretos.

1 comentário:

Ana Fonseca disse...

Tens razão! Orgasmo é no corpo todo e não fora dele! É apertar as pontas dos dedos noutras costas, é abrir os olhos e não ver nada ou quase nada! Não é ver cores no céu, nem ouvir estrondos agressivos! Tens razão! Não há fogo de artifício!