digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, maio 13, 2006

A bomba e outras violências

Quando estou zangado, estou mesmo zangado. Nunca fico mais ou menos zangado. Ou se está zangado ou não se está zangado. Sou temperamental e colérico!
Já tentei convencer psiquiatras e psicanalistas para me atestarem o uso de metrelhadoras e granadas de mão, afiançando iniputabilidade. Contudo, ainda não fui convicente ou persistente o suficiente. Bem sei que a morte não leva a coisa nenhuma nem é um fim... mas as explosões podem aliviar muito, sobretudo se subtrairem os incómodos... não sei se me faço entender.
Por mim, há coisa que eram resolvidas à bomba... algumas greves, crenças, ortodoxias, teimas, mentiras, patranhas, gamanços, demagogias e outras parvoices sistemáticas. Alguns ditadores simpáticos deixariam de o ser... passariam só a ser simpáticos. Alguns povos conflituosos poderiam ser alcatroados com bombas e estava o problema resolvido. Ficava um país a menos e um jardim a mais, garantindo até, quem sabe, uma melhor biodiversidade.
Por mim, há coisas que se resolvem à bomba. O problema é que tenho eu tanto o direito de pensar e defender isto como o meu vizinho da frente ou o país do lado, o que é um aborrecimento. Isto das ditaduras e dos desmandos só da jeito quando se está do lado de cima. Pensando bem, é melhor guardar a bomba.

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