digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

terça-feira, maio 02, 2006

O meu feliz jantar

É com ternura que se corta em bocados pequenos para melhor se desfazer. Mas primeiro põe-se o generoso azeite ao lume e quando quer borbular vai uma cebolinha a aloirar, cortada muito fininha ou então muito bem picada. Faz-se um refogado com o tomate, até este se desfazer todo, até ser só um, sem diferença face ao azeite ou à cebola. Jogam-se dois ovos e uma pitada de sal e antes que estejam escalfados bota-se uma mão de oregãos. Isto basta-me com pão.
Se vier uma pinga de vinho branco, vivo e fresco, então é um manjar com fogo-de-artifício e música alegre. Para festejar comigo pedia só mais gente. Gente que saltitaria contente ao provar coisa tão simples e campesina. Sem mais luxos ou apetrechos além dos pratos, colheres, toalha e guardanapos. Se assim acontecer, não são precisos amores nem mais sorrisos derretidos: basta-me a tomatada, o vinho e as amizades.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um chá no fim fica mesmo bem. A tomatada na esparguete também é meeeesmo bom.
os óregãos um topping fabuloso

Anónimo disse...

:)) E tu cozinhas bem, oh oh! É sempre um prazer jantar contigo :) Beijo grande.