Tenho andado todo o dia atrás de cavalos. Já me doem as costas e a boca anda seca do pó do campo. Penso não tardar muito para aparecer trajado de calça justa e polainas afiveladas, protegido de chapéu redondo de aba larga. Não custa muito o cheiro e estes animais são de fácil afeição. No domingo ainda visto a jaqueta e vou janota para a feira.
Se fosse toureiro, toureava sempre de tricórnio e não me vergaria à moda de ir para a arena em cabelo com trajes bordados e punhos de renda. Punha-me ali na frente da cara do toiro e a minha montada confiante bailaria e faria bonitos e volteios, especialidades de escola antes de eu estocar o adversário. Se eu fosse toureiro montava de tricórnio posto!
Gostava de consquistar o mundo a espalhar a paz, sem um tiro, sem um ferido e sem dores. Em cada terra forçar as portas e as muralhas com abraços de fraternidade. Seria um general orgulhoso montado frente à cidade sitiada, pronto a entrar em desfile, em que mandaria beijos às mulheres debruçadas nos balcões, que me retribuiriam com flores. Não há vitória nem glória sem um triunfo montado num bom cavalo!
Contudo, estou com as costas desarranjadas de perseguir as manadas. Não me aguento muito tempo na sela. Tem sido todo o dia de hoje a querer saber mais dos puros-sangue lusitanos e do seu bom carácter, sua fácil montada e grande versatilidade. Todo o dia atrás de cavalos. Já me farta, mas gosto! Até sonho cavalgadas...
3 comentários:
és de mais!!!!
sopa de posts!
fazem bem... estes anti-oxidantes cozinhados e montados nas páginas...
beijinho!
sopas e cavalos... desde que estes não estejam cansados. porque sopas de cavalo cansado com este tempo são duma violência!
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