digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, abril 29, 2006

Um amor bonito-triste

Tenho um amor bonito, que é triste. Não o compreendo e deixo-o viver quietinho à espera dum resgate. É especial, porque sobrevive sem água e alimento. Não percebem como sou feliz. Ela está ausente. Eu nunca estou. Não há acordares nem mau hálito nem ansiedade nem ciúme nem satisfações a dar. Eu nada sei dela e ela nada sabe de mim. Não a conheço nem ela a mim. O meu coração está ocupado por coisa nenhuma. É um amor bonito e triste. Bonito, porque não pede nada a ninguém. Triste, porque não espera ninguém. Ninguém compreende este amor em espera de resgate e que não espera por ninguém. É grande e tão frágil. Quanto mais cresce mais quebradiço se torna, mas insiste em aumentar. É um amor bonito e triste que ninguém compreende.

1 comentário:

Anónimo disse...

estás a sofrer ... és a tua dor...
mas não há dor que dure para sempre!

beijo
tem um dia feliz!