digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, abril 27, 2006

O conselho da Fortuna

A Fortuna é cega, por isso não me vê. A sua cornucópia distribui riquezas a eito e não gosto dos encontrões que todos dão para dela se aproximarem na ânsia de receberem géneros e justiça. Da Fortuna só queria o teu amor, mas ela não mo quis dar. Disse-me, fitando-me nos olhos com a precisão que têm os cegos quando fitam nos olhos, que não me podia dar o teu amor çpor não ser questão de justiça, que o fosse pedir a Vénus, porque é senhora da beleza e da paixão sexual. Pedi-o a Vénus e ela quis-me. Neguei-me, porque o meu coração só tem uma dona... tu! Furiosa e despeitada, rejeitou-me ajuda. Solicitei auxílio a Cupido, mas este falhou sempre o tiro no teu coração, disse que era fugitivo... Embebedei-me com Baco e quando acordei Saturno jurou-me que serias minha, é tudo uma simples questão de tempo. Que Júpiter te oiça!

2 comentários:

Anónimo disse...

Essa tua Ninfa, sabe o quanto é especial?

João Barbosa disse...

qual ninfa? isto é fantasia!