Funciona ou fica de consolo ou despreza-se. Nos dias tristes medem-se os objectos e o resultado é o que.
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A verdade é uma caixa onde está tudo, do labor equívoco fortuna-má-sorte e do amor, ódio e desamor. Daí se escolhe para se ser pode inversamente.
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Só trabalha o trabalhante e restam os sentimentos-acções.
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Tal as palavras, os dias são por nascerem e para se gastarem. Se depois de ditas, fica, à escolha, a aceitação, a nostalgia e a desordem.
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O passado não se deita fora. Talvezmente nem se arruma. Escondido, não digo que não. Regressa como bumerangue.
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Poucas coisas laboram como as canções, colo da mãe e açoite de alguém.
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A pomada não se me segura a momento, porque é eterno o consolo, mas sem saudade.
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Agoniado, não celebro glória nem infortúnio. Amargura pela minha aflição. Cair para trás com cabeça à frente, queixam-se as costas, porque a alma tocou o fim e já não.
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Sono, lugar onde se é e se está, igual à vigília, umas vezes e outras.
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O que a canção me lembra não importa. O unguento é o seu concentrado sintético.
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