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Sentei-me para te escrever. Sinto que tudo te relatei, por
isso – uma certeza é sempre falha – pus-me a pensar no indito e, numa palavra
por inventar, imbeijado. Olhei, comecei indeciso. Enumerei-te virtudes para tas
dizer.
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Quis despertar, construindo um país sem terra, feito da
pureza da verdade, para nos amarmos esquecidos de datas. Nessa nação, isenta de
carência, bem-querer eternamente. Qual o primeiro mérito assomando-se-me.
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Qual escolher primeiro? O primeiro a socorrer-me a memória
ou o que mais o tenho por valor? É tão complicado assumir uma virtude. Não
existe um universal, é inegável essa impossibilidade. Os seus pesos variam no
dia, na hora, em qualquer instante.
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Nessa dificuldade, reconheço a fraqueza, decidi contar das
mais madrugadoras neste exercício. Quando acabar a escritura, irei lembrar-me
de muitas mais alegrias. O texto terá de parar para que to possa oferecer. Em
mim, sei do prolongamento dos elogios.
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Ignorante em mim e tolerante por o ser, escolhi a ordem de
chegada ao meu coração-cabeça-espírito. Se falhar, chamar-me-ei de fraqueza…
talvez mentira, por ainda involuntária.
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Foi deste modo que aconteceu, em prosa, como texto das
regras obedecido e seguindo de cima no valor até… ou como queiramos eleger.
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Cândida, bondosa, generosa, benevolente, paciente, esperançosa,
amorosa, amorante, doce, tolerante, compreensiva, mansa, meiga, tépida, clara-no-dizer-amor,
grata.
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Por aí ao sem-fim.
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Se deixei longe a sensualidade foi porque isso é doutra
maneira noutro universo.
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