digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, agosto 13, 2018

Sentei-me para


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Sentei-me para te escrever. Sinto que tudo te relatei, por isso – uma certeza é sempre falha – pus-me a pensar no indito e, numa palavra por inventar, imbeijado. Olhei, comecei indeciso. Enumerei-te virtudes para tas dizer.
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Quis despertar, construindo um país sem terra, feito da pureza da verdade, para nos amarmos esquecidos de datas. Nessa nação, isenta de carência, bem-querer eternamente. Qual o primeiro mérito assomando-se-me.
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Qual escolher primeiro? O primeiro a socorrer-me a memória ou o que mais o tenho por valor? É tão complicado assumir uma virtude. Não existe um universal, é inegável essa impossibilidade. Os seus pesos variam no dia, na hora, em qualquer instante.
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Nessa dificuldade, reconheço a fraqueza, decidi contar das mais madrugadoras neste exercício. Quando acabar a escritura, irei lembrar-me de muitas mais alegrias. O texto terá de parar para que to possa oferecer. Em mim, sei do prolongamento dos elogios.
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Ignorante em mim e tolerante por o ser, escolhi a ordem de chegada ao meu coração-cabeça-espírito. Se falhar, chamar-me-ei de fraqueza… talvez mentira, por ainda involuntária.
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Foi deste modo que aconteceu, em prosa, como texto das regras obedecido e seguindo de cima no valor até… ou como queiramos eleger.
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Cândida, bondosa, generosa, benevolente, paciente, esperançosa, amorosa, amorante, doce, tolerante, compreensiva, mansa, meiga, tépida, clara-no-dizer-amor, grata.
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Por aí ao sem-fim.
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Se deixei longe a sensualidade foi porque isso é doutra maneira noutro universo.

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