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Rio triste, a cada gota indo chega outra em flor, luz de
caminho, flor-da-luz, derramando-se de eterna.
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O monólito de carbono enternece-se e nos soluços do caos
alegra-se para o sacrifício de mercê e graça, sorriso involuntário-autêntico no
espelho de cintilação.
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Da pedra grande se faz o navio, inencalhável e de garantido, navegar
até à foz.
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Cada saudade abandonada no leito é semente da alegria que
chegará da morte da saudade.
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Cada minuto passado é outro chegando e indo haverá aqui,
onde a viagem começou e terminará.
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O abraço da chegada é maior se – como assim se encavalitasse
na cegueira do desejo – juntar o tumultuo do riso em glória.
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Na glória se apaziguará a tristura.
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Morrendo a inquietação pelo esclarecido amor vindo
pelo rio triste tornado vida.
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O rio triste vindo ao seu oposto e assim o é.
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O rio triste vindo ao seu oposto e assim o é.
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