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Por que amor é tão fácil de dizer e.
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Dito sentido.
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Não, não quero. Não quero glosas vizinhas do chão. O tédio
vazio, circunstância costumada na vez da habitual maravilha. O amor
alimenta-se. É faminto como o dragão e macio como uma cria.
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Não quero engravidar textos com palavras faladas como eco. Desejo
as vitórias sobre os desânimos. Alcancemos os sorrisos, leve isso um instante
ou até ao dia de passar. Por lá continuando esse amor como emergência.
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Ninguém diz como tu. A tua boca consegue tudo e tudo dá.
Procuro ser quem. Dir-me-ás.
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Somos as liberdades das prisões consentidas e seremos as fugas
do borralho do medo-grilhão.
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Sabes que vejo além e não constato – é o olho e a ferida. Contemplo
só os dois.
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Só nós os dois testemunhámos em jura. A expressão da confiança e
do devido. Não há privilégio no amor, nem graça. Primeiro-último: vontade-esforço
e mercê-vitória.
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A querença é legítima, e as ilegítimas. Conquista sem
razão é decadente, perdendo-se nos prazos da aceitação.
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Assim-lhes-seja. Dirão o mesmo, sem terem. Rabiando, bichas
de próprio-equívoco-veneno.
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A tal estrela, de que te falei, está onde sempre. Épocas sem
a vermos, por distracção e por rapina.
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Como roubar o que é nosso? Nunca se rapta o devido – digamos
sina, pronunciemos carma, garantamos livre-arbítrio – e nada é
coincidente-acaso. O nosso é nosso.
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Finalmente. Brilhou-me – por causa do castigo-remédio da
vidência que carrego – para to poder dizer.
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A luz é e o seu odor é a mezinha chegada na especiaria, sacodindo esses agarrares ilegítimos.
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É a vitória.
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É a vitória.
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Mostrei-te o pontinho. Se vi antes – lá sabem – dividi, o
nosso e a estrela cresceu e crescendo-cresceu. O nosso, é a glória.
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Sentiste-a viste-a e aceitaste-a, tudo o exigido sem
imposição. Emancipação.
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Tantas estrelas. Uma é nossa.
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É difícil dizer do amor. Onde se está no patético e na
vergonha e na timidez, do perder tempo.
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Quase fugi das glosas vizinhas do chão.
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O que disse? Mercadorias em frenético assombro de poesia.
Ditos desenxabidos, cinzentos acerca do rubor do amor.
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Peço-te – porque me amas – não digas que me adoras. Afirma que
me amas.
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Vejo-sinto mais luz no amor do que na admiração.
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