digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

domingo, dezembro 31, 2017

Maresias

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Escritas na água e no sal, as palavras não duram.
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Cada onda traz o linguajar dos poetas e dalguns marinheiros que acenderam os cigarros nas velas.
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De cada ninfa vem a escuridão e a febre escarlate do desejo.
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Por cada onda chegam as palavras claras, do clímax escrito em sal.
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Palavras vagas.

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