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Olhei-a nos olhos, nos instantes que demoram os segundos e
as horas, e vi-a.
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Não sei se em verdade, mas vi-a.
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Naqueles olhos estava a sua nudez.
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Nessa brevitura caiu-lhe a roupa. Sorrindo, do envergonhado
ao desdém e da provocação à cobardia, subiu-a.
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Assim purinha de perfídia absoluta, como a do gato predando.
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Um homem não vale nada. O espreitar da pele mata fulminantemente.
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As horas passam-se, o tempo é invisível e o inacontecido é
eterno.
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Não sei se em verdade, mas via-a. Nua como o lume.
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