digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, outubro 23, 2017

Desejo de mariposa

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Quando estiveste nua, diante da janela de ver, acendi uma vela, iluminando-te a indiscrição e eu pedindo para promessa.
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Sonho-te de amor no pesadelo do desencontro eterno. Como fosses a flor e suas pétalas, de bem-me-quer-mal-me-quer, desfolhassem os meus dedos.
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No teu calor, desejo a queimadura da mariposa. Como a morte rápida e da saciação louca de razão. Revisito em sonhos o não-acontecido e bebo a agonia do falhanço.
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Peço-te – não dizendo e digo e desminto em modo e medida atabalhoada em ordem e número – que me queimes, porque me incendeias.

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