digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 04, 2017

Chuqui – 27 de Setembro de 2008 – 4 de Outubro de 2017

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Quando nasceu, não sabemos – apenas que tinha três anos. Chegou-nos e ficou assente o nascimento no dia 27 de Setembro de 2011. Veio para dar a sua generosidade a todos, especialmente a um menino que celebrava os seus quatro anos, que o baptizou de Chuqui.
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Aquela simpatia eufórica por nos ver, demorássemos um mês, uma semana ou cinco minutos. O amor incondicional do mais generoso animal da Terra.
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Partiu hoje, corria a ladrar atrás doutro cão, que passava no outro lado da rua, como gostava de fazer. A trela soltou-se, mas…
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As passadeiras, os avisos sonoros no asfalto e a sinalização de limite de velocidade não servem para nada quando a rua é um autódromo. Diante dos olhos da criança – dor tão grande que lhe sei e a mais dolorosa em mim.
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A morte não me preocupa, sei que está a saltar, a ladrar, a brincar e tudo o que gostam os cães de fazer. Sei que as tuas saudades são iguais às nossas. 

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