digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.
quinta-feira, junho 08, 2017
Coió
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As horas sem marés têm o sabor travoso de não ter luz. Sem corda
que me defenda da corrente e não zarpo. Encubro-me num rossio, desacredito-me na
simpatia e desmentem-me a mortificação. Falo em demasia e em defeito. O tempo
flui, todavia fica.
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