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A minha vida não é espiral, é uma sedimentação de tempo, criado
a partir de pessoas, coisas e éteres.
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A minha vida não roda, mas rege-se por causalidades.
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O meu passado está em caixas, onde pessoas-momentos estão desarrumadas.
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O acontecido não reacontece. Sei que não sou e tenho de me vibrar
para conseguir sê-lo.
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Guardei as duas montanhas donde caí e realeijei-me. Depois
esqueci-me, tenho os nomes e dois números de telefone.
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O que faz sentido é fazer sentido.
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A minha vida não evolui, acrescenta-se e, mesmo sabendo dos
alicerces, continuo a viver comigo.
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Nota: Não consegui identificar a autoria da fotografia. Se alguém
souber, por favor, indique-me, para que possa atribuir os créditos autorais.
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