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Lembro-me de cair e da cor da fotografia do movimento. Via passar
velozmente os pisos, descendo sem parar pelo saguão e nunca batendo no betão. Mais
tarde aprendi a amortecer nas cordas dos varais. Depois de adulto, obrigado e
sem regresso, tenho esbarrado, seja caindo ou apenas perdendo, e latejando
caminho ajoelhado e avançado como que na envergonhada nudez da fragilidade. Sempre
numa noite, escura e negra e de vultos e de destroços. Sem poder reescrever, tombo por inconseguir outra
vontade.
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