digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, maio 06, 2017

Não há janelas de voltar

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Era do Lavradio, de toda aquela península até ao mar da Caparica. Bebi tão pouco que quase não há.
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Chegava de fragata e já o Cacilheiro estreitava o rio entre a capital e a província. Pelo Tejo se ia ao piquenique, sob latadas ou corando no areal.
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Por ali piquenicar, dizia uma bisavó que não era da Caparica, era a Costa da Paparica.
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Não percebo por que se ia vestido para a praia. É tão bom assim quando o frio permite a areia secar e estaladiça se deixar definir pelas patas das gaivotas.
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Talvez por francesa, a Trousseau ali se tenha eternizado Bastardo. Ali saciava e atravessando o rio.
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Se o passado não tem futuro, e que, como a frase acima, seja incompleto para deixar esperança.
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Renascendo sem ressuscitar.
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Nota1: A fotografia de Artur Pastor é a da fragata.
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Nota 2: A fotografia de David Hixon é a do passadiço.

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