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Fugi-me, ainda me tenho num pouco.
Não correr para quem se escapa é mais difícil do que não amar imparmente. Procurar
quem se nos esconde dói da perda e do não achar, é granito contra ar. Sou os
dois e rodando não apanho as costas.
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A solidão é uma mão de areia,
grãos húmidos colados à pele, o mar a pouco e tão pouco para nele lavar as mãos
e o motivo para ser em terra.
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Ter valentia é mais difícil
do que tragar o mar. Se me conseguir intrépido será breve. Estranho por que me
falta desassombro. É o arrependimento antecipado do desmancho do infeito e
remorsos por não cometer.
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