digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, abril 08, 2017

Cartas do destino

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Não revelarei as cartas, que só escrevi. Nem direi disso por fazer. Nem de te perder sem te ter. Nem falarei do silêncio. Nem que incompreendo a vida.
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Os dias têm as mesmas horas e porém somos diferentes. Hoje sou e amanhã desconheço e doutros menos. Se o mundo tivesse acabado, se nascer não fosse regresso e depois voltar.
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Não sei de cartas que não deitei numa roda de doze vezes três. Deixei o futuro correr, a fortuna ao destino e a decisão à imprudência. Incapaz de suportar a fraqueza largo-me numa desobediência, seja a que for, serei triste e arrependido.

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