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Não revelarei as cartas, que só escrevi. Nem direi disso por
fazer. Nem de te perder sem te ter. Nem falarei do silêncio. Nem que
incompreendo a vida.
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Os dias têm as mesmas horas e porém somos diferentes. Hoje sou
e amanhã desconheço e doutros menos. Se o mundo tivesse acabado, se nascer não
fosse regresso e depois voltar.
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Não sei de cartas que não deitei numa roda de doze vezes
três. Deixei o futuro correr, a fortuna ao destino e a decisão à imprudência. Incapaz
de suportar a fraqueza largo-me numa desobediência, seja a que for, serei
triste e arrependido.
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