digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, setembro 22, 2016

Estorninho

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É luz como chuva de lâminas, uma melancolia de gaivotas sobre a multidão de peixes, a restante ao pôr-do-sol, da verdadeira água, tão firme que os estorninhos se descansam prematuramente.
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Porque tudo se resume a pouco que digo quase nada ao falar e verdadeiramente tudo se condensa no tudo.
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Préstimo abençoasse ou a clareza do esconderijo revelado e seria quem desejo e se, porque o se é quase nada e quase tudo.
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Se fugisse no Campo de Estrelas e ingenuamente acreditasse que as léguas regeneram a índole e o suor lava a consciência.
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Seriam mais palavras depois do dicionário e sem definirem a vaquietude.
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Peregrino indo a Roma, palmeiro querendo Santiago e romeiro ansioso de Jerusalém.
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O destino não existe e dele não se foge e se fosse quem desejo e por isso elogiado.
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O destino é lugar e tempo para onde e daí se.
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Quando me perguntam respondo seja qualquer coisa. E se? Ainda.
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A minha vida é a trimetazidina no meu nariz.
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É o meu destino e por isso não existo. E voando vago.

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