digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

segunda-feira, julho 04, 2016

Túnel

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Deixo a pele e a carne num corredor comprido de escuro-néon entre dois incómodos, talvez recém-acordado ou em dúvida.
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Corredor de incumprir como nos sonhos. Ou surdo ou cheio ou esquecido. Voando como astronauta nas incertezas.
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Feito e preenchido por mim, do triste aos esquecimentos como se o coração parasse e a cabeça ainda.
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Meio caminho entre os infinitos num tubo de ângulos rectos de luz néon-negra, inalcançável – idem.
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Se acordo ou voo nas estranhezas, ignorando.

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