digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sexta-feira, julho 15, 2016

Dor de corno

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Ela fez sexo sem mim. Não lhe perdoo-o e não me perdoo e não lhes perdoo. Juro vingança, elaboro planos – um após outros, anulados por defeitos e riscos. Se o matasse, se fosse capaz, se fosse invisível e silencioso e ubíquo para alibi. A ela não, para que seja minha, embora a perdido.
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O que fazer às horas, aos dias, semanas, meses, anos? A vida não tem futuro e a luz é-me indiferente. A noite é noite, por vezes bebedeira.
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De tanto maquinar revanchas, no tempo longo pelo que abstracto e sem medida, esqueci-me dela e nem me lembro quem é ele.

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