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Tenho morrido, por coisas pequenas, notícias irrelevantes,
situações da vida, é a verdade. Insignificâncias sem lágrimas, pungências
desarrumadas, desilusões de embate mudo e carências esquecidas.
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Morre-se desde o natal e sobrevive-se além-túmulo. Na dúvida
vive-se dizendo valer a pena o tempo-vácuo. Para manter as aparências.
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Escreveria sem vírgulas, a vida. Sem elas para-se-me em
lavra de pontos finais ou resvala nos desvarios impontuados e segue em enganos
gramaticais.
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A banalidade da vida faz-me tristeza banal. O ouro que me
encandeou é escondido e negado. A luz do dia não é nas minhas horas tardias. Se
quase sempre aconteço antes, quando tardo não espera.
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Os sinos tão solenes não cantarão a partida. Irei como vivo
e desisto, gritado e mudo.
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