digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, maio 19, 2016

A espera

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À noite vou à janela e chove. Em frente, despes-te diante da rua.
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Fico na penumbra para que te tenha.
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Vais deitar-te e fazes amor.
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Fico à espera dum milagre e as horas passam.
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No outro dia, de noite, vou à janela e pode estar sol. Em frente, despes-te diante da rua.
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Fico à espera do tempo infinito e sem data em que faremos amor.

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