digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quinta-feira, abril 21, 2016

Hora certa

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Também choro com luz acesa e em silêncios frágeis.
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Quero vida e não precisar do que se quer da vida.
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Quero atirar-me ao mar e, se não desexistir, pelo menos morrer.
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Troco a eternidade por minutos de beleza e de tudo branco e azul.
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Quaisquer dias aleatórios, certos como relógio astronómico como muito religiosos.
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A indiferença de mim e para mim, a enfadonha crueldade do meio.
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Quanto valem os dias? Não dão e nem tenho como pagar.
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Para isso há o mar. Na incerteza da desexistência, fico gordo e triste e ainda pior feio.

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