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Outro dia num escuro vi-os brilhando. Densos como o amor de
mãe, ternamente escuros como canção de ninar. Ah! E têm a força e a velocidade
como as do comboio abrupto. Quem os vê sabe sem que a boca diga. Tanto faz ter
defeitos como todos, olhos daqueles são balas de canhão e ninguém segura uma
bala de canhão.
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Nota: Presente de aniversário para a amiga Sónia Teias, que outro
dia partilhou uma fotografia em que os seus olhos são mesmo os seus olhos.
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