digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, fevereiro 03, 2016

Todos os sentidos – a perfeição

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O que vale a pena na vida. Digo dos olhos e ainda faltando à verdade – a verdade é absoluta.
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Podia dizer de música. Não há ofício tão benquisto, poucas legendas a caligrafia abandona.
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Pelos olhos se apaixona. Incontável maioria de esquecimento de contar o nome do operário
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Há juras de que não se sabe cheirar. Mais não do que de memória de nomes ou locais e momentos. Do seio ao orgasmo, sangue e ansiedade, por raiva da essência animal – adrenalina.
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O tacto é tudo.
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A boca é sagrada. Com ela se sela o casamento ou outro negócio. Quem sabe dos amargo, doce, salgado e ácido. Umami… O picante é exactamente o quê? A boca começa no nariz e termina no estômago.
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A cama: sono, sono-mimo, mimo, sexo, sono-sexo, orgasmo, pesadelo, pesadelo-erótico, heroísmo e pré-morte. Na cama: preocupação, paixão e outros sofreres, desejo e efabulação, orgasmo, amor, impenetração, fidelidade, adultério e conversas acabadas. Bendita é se na quebra não viver violência.
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Pelos olhos se apaixona. Que digo de minha injustiça?
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– O céu de Rubens, a luz de Rembrandt, um anjo de Leonardo e a terra de van Gogh.
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Ainda o azul.

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