digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, outubro 14, 2015

No Verão se morre

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A praia de Inverno tem pegadas caducas. As do Verão falecem afogadas na areia solta – nado-morto. O vento frio num dia azul fica longe. A chuva miudinha num dia cinzento é outra época, outro lugar – um filme a preto e branco e melancolia. A chuva grossa é um concentrado de tristeza, por vezes nostalgia e a solidão que não se sabiam necessárias. No estio é uma malagueta e a brisa incomoda.

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