digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

sábado, outubro 03, 2015

A Bélgica

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Quando lá fora chove, cá. Quando lá fora gente, aqui. Quando lá fora o calor do suor que resfria, de fora.
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Quando a melancolia, os outros. Quando a nostalgia, ninguém. Quando a tristeza, os telefones.
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Jogo a palavra e o silêncio vem como trunfo. Perco na sueca, envergonho-me na copa. Fogem do poker, onde a vantagem de olhar de dentro, canasta não dançam.
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Jogo a palavra, o silêncio não ouve. Quando lá fora chove, em mim fica a Bélgica.

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