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No tempo
azul podia ser qualquer cor. Veio o sangue vermelho, quase desencarnado. E
hoje, o púrpura, o negro e o pano cru. Pelos joelhos flectindo-se pelo peso do
corpo e derrota percebo que o ajoelhar.
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Se
tivesse pesadelado este presente diria no tempo azul diria:
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– Glória
a Deus!
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(Grato
pela cabeça desafiadora).
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Se
pressentisse na vida escorrida das veias diria:
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– Glória
a Deus!
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(Consolado
pela cabeça enobrecida pelo olhar horizontal).
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Na derrota
e digo:
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– Glória
a Deus!
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(Por
ser manso).
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(Por
ser cinicamente manso).
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Calo-me
para que a minha mãe não saiba.
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Porque
não me pode valer.
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Porque
morreria por mim.
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Morrendo-me culpado.
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