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Tudo era
claro e límpido, olhando para qualquer lado. Querendo tudo, debrucei-me na
pressa para chegar onde chegasse a abastança. Não vi os muros invisíveis e já
não queria nada e agarrei-me à pressa para viver bonança.
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Esta terra
não tem vento e faltam as marés. Os outros são apenas outros. Alguns telefonam
e não me escrevem. Raramente perguntam e raramente o querem.
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Conforto-me
como o adolescente olhando para as mamas da modelo da revista masculina. Conforto-me
em fantasia de quererem saber, adormecendo a incandescência.
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Os
outros são os outros e estão nos aís. Eu, nos ais.
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Assim
se vive enganado, porque se vive por engano e porque se engana a vida.
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