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O espírito de. Entre o conforto e a dor da difícil partida
que se vai adiando por amor. As palavras foram ditas, se alguma ficou, só por
esquecimento e falta de importância.
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Aquele último olhar brilhante, quando os olhos tinham anos
de baços – só uma criança e o cão os acendiam.
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Aquele último olhar não foi alegre. Foi feliz e quase me
comovi por o ter conseguido.
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Aquele último olhar, vivo como antigamente. O sorriso que para
sempre será o mais feliz que vi, porque. Um consolo por consolação.
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Nota: Talvez uma semana antes de ter completado esta vida,
disse-lhe que, melhor do que melhor do que pai, era um grande amigo. Foi só isto.
3 comentários:
Meu estimado e querido amigo João, as suas palavras estão esculpidas no suspenso da imortalidade. Realmente tem razão, a morte não existe, o que sabemos é que ao passarmos essa porta invisível deixamos de ser vistos do lado de cá. Continuamos? para onde? em breve todos nós o saberemos. Sou um amigo intemporal de seu pai, desde os 17 anos, e circunstâncias ligadas a trabalho e solidariedade uniram-nos para toda a vida. Não precisamos de nos encontrar diariamente para sentirmos a Amizade, o abraço quente e extremoso; Toda a nossa vivência produz um tecido de afetos inapagáveis, como profundas raízes. Ele está presente no meu dia-a-dia, pois no meu longo corredor do ateliê mantenho as suas espontâneas pinturas e desenhos, a mim dedicadas. Vejo-as e sinto a sua presença, sempre.
Um grande abraço de amizade
Boa bússola para orientar o seu caminho de poeta da vida
Seu
José Ruy
:-)
Gosto muito :-)
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