digo e o oposto, constantemente volúvel, às vezes verdade. juro pela minha alma, mais do que vinho amo a água e só me desenseda e lava, a cara, o corpo e a vergonha de ser quem não quero. os sonhos antigos são sonhos e antigos e os novos de esperar, é esta a vida a mim agarrada, se esperança existe.

quarta-feira, setembro 02, 2015

A rosa e o cardo

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Perguntei:
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– Faz uma promessa ou dá uma promessa?
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– Vês a minha boca?
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– Os teus lábios estão escuros.
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– Mordi o caule da rosa enquanto beijava.
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– É a paixão.
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– Respondi-te?
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– Não entendo por que me dizes de sofrimento.
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– Fazem-se promessas na paixão e toda a obra se gasta…
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– O que se dá não se pode tirar.
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– Um dia finaremos…
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– Se não dermos amor.
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– O cardo é eterno.

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